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A Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro encanta por suas belezas naturais e pelo potencial turístico. No entanto, para quem vive ou transita diariamente entre os seus dez municípios, a mobilidade urbana representa um desafio crescente. Engarrafamentos constantes nas entradas das cidades, transporte público precário, falta de integração entre os modais e ocupações urbanas desordenadas dificultam o ir e vir de moradores e visitantes, afetando diretamente a qualidade de vida e o desenvolvimento regional.

Essa realidade se intensifica em períodos de alta temporada, quando o fluxo de veículos particulares aumenta exponencialmente, comprometendo a fluidez do trânsito, elevando a emissão de poluentes e sobrecarregando uma infraestrutura que já opera no limite. A mobilidade regional se torna, então, um fator crítico não apenas de deslocamento, mas de inclusão social, equidade e sustentabilidade.

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              Por que estudar a mobilidade regional?

 

A mobilidade entre municípios não é apenas uma questão de infraestrutura: ela reflete desigualdades sociais, econômicas e ambientais. Muitas vezes, a ausência de um planejamento integrado gera a possibilidade de adoção  soluções isoladas, pouco eficazes e, por vezes, contraditórias. Para superar esse cenário, é preciso enxergar a mobilidade como um sistema vivo, interligado e complexo.

Com esse propósito, nasce o Estudo de Mobilidade da Região dos Lagos, uma iniciativa pioneira que da Diretoria de Infraestrutura da Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos - ADRLagos, que reúne especialistas, universidades, gestores públicos e sociedade civil para compreender a fundo os problemas e potencialidades da mobilidade regional e, a partir disso, propor soluções integradas, sustentáveis e eficazes.

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Uma abordagem inovadora: a metodologia CHAP².

 

Diferente de estudos tradicionais, este projeto adota a metodologia CHAP² – Complex Holographic Assessment of Paradoxical Problems, desenvolvida pela COPPE/UFRJ. Essa abordagem reconhece a complexidade dos problemas sociais contemporâneos, como a mobilidade, e busca estruturá-los a partir da escuta ativa, da colaboração entre atores diversos e da análise das múltiplas camadas que formam o sistema urbano.

O objetivo é ambicioso: identificar diretrizes para reduzir em 25% o tempo médio de deslocamento intermunicipal na região até 2030, promover a integração entre as cidades, fortalecer o transporte público coletivo, incentivar os modos ativos como a bicicleta e a caminhada, buscando maneiras de construir um futuro promissor para a mobilidade na nossa região.

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           O que buscamos alcançar?

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• Diagnosticar com precisão os gargalos da mobilidade urbana regional;

• Mapear os fatores sociais, econômicos e ambientais que influenciam os deslocamentos;

• Avaliar o transporte coletivo, cicloviário e pedonal, apontando suas carências;

• Propor soluções realistas, sustentáveis e integradas entre os municípios;

• Contribuir para a elaboração de um Termo de Referência para o futuro Plano de Mobilidade Regional.

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"Mais do que um estudo técnico, este projeto é um convite à cooperação regional, ao planejamento com visão de futuro e à construção de um novo pacto pela mobilidade urbana na Região dos Lagos. 

 

Porque conectar caminhos é também promover a união de pessoas, reduzir desigualdades e impulsionar o desenvolvimento."